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AUTO CRÍTICA
Eu canto às plagas Queimadas, desbaratadas, Que minha inspiração Neurótica Pintou como cenário Do macabro talento meu. Eu componho O lamento dos que ficaram Na desdita do meu inferno. Eu versifiquei minha obra E plantei nos museus O quadro tétrico Da desolação. Entrei para a história Com o homem forte Que derrubou uma árvore, Que destruiu um ninho, Que desabrigou um pássaro, Que extinguiu uma sombra, Que cessou um fio d´água E que fez de tudo, um nada.
TiaoNascimento
Enviado por TiaoNascimento em 27/02/2009
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